Os tipos mais comuns de dinâmicas de grupo
por Daniele Aronque e Camila Micheletti
por Daniele Aronque e Camila Micheletti
A dinâmica de grupo continua sendo o “calo” de muitos candidatos a um novo emprego. Longe de ser um bicho de sete cabeças, essa etapa da seleção tem como principal objetivo “observar comportamentos que não são passíveis de serem observados em testes”, afirma Aguinaldo Neri, psicólogo, consultor e professor da PUC-CAMP.
Entrevistas e testes têm suas modalidades mas geralmente já têm também seus scripts. A dinâmica sempre traz uma surpresinha na manga. Esse é o grande problema da dinâmica: gera muita ansiedade nos candidatos, pois ela sempre pode ser diferente de tudo pelo que ele sabe ou passou.
99% da escolha do tipo de dinâmica a ser usado depende do que a empresa quer saber sobre o candidato. “A empresa já sabe quais comportamentos vai querer observar. Já os descreveu com detalhes e treinou os observadores para estarem atentos a estes comportamentos”, adverte Aguinaldo. Ele dá um exemplo:
Como o próprio nome já diz, a dinâmica é uma experiência em grupo que tem como objetivo reconhecer a capacidade e o potencial dos candidatos de uma forma inusitada. Ela dá aos examinadores a possibilidade de observar as pessoas exercendo diversos papéis onde são encontrados os requisitos básicos exigidos para o cargo a ser preenchido.
Daise Kreibich, psicóloga da Selcon Recursos Humanos, diz que para cada caso é feita uma dinâmica diferente e com objetivos específicos a serem observados. “Para um cargo de vendedor, por exemplo, o ponto crucial é a capacidade de vender. Na dinâmica será observado o poder de persuasão, negociação, improviso, criatividade e reação frente à situações inesperadas – do outro lado poderá estar o coordenador da dinâmica fazendo o papel de cliente. É mais ou menos assim que funciona!”, explica Daise.
Uma atividade de dinâmica tradicional pode ser dividida em três etapas:
Relaxamento: Há o uso de jogos para quebrar o gelo e promover a interação da equipe. Se o candidato não estiver relaxado é mais difícil analisar seu perfil – nessa hora o nervosismo atrapalha muito.
Atividades: É de praxe usar atividades onde as pessoas tenham que se movimentar e falar em público, com isso dá para perceber como cada um administra suas dificuldades, os erros e a concorrência.
Situação Problema: Muitos conhecem por case. É uma discussão sobre algum assunto atual ou proposto pela empresa e que tenha a ver com a vaga em questão. Aqui, a empresa analisa a capacidade de argumentação e negociação diante de situações polêmicas e constrangedoras.
“Existem muitas modas nos processos seletivos mas, essencialmente, ela é sempre montada de acordo com o que a empresa quer e também do que queremos saber sobre o candidato. Por isso, antes de qualquer nervosismo, comporte-se com naturalidade e procure conhecer o perfil da empresa para tentar entender o que ela está querendo de você”, finaliza Gisela.
Algumas dicas que valem a pena ser lembradas:
- Muitas dinâmicas exigem movimentos como sentar, ajoelhar, subir em algum lugar. Evite roupas complicadas ou muito apertadas – minissaias e decotes nem pensar!
- Use roupas sóbrias, mas confortáveis – evite extremos como tênis e moletom. A imagem também conta nessa hora.
- Procure ser o mais natural possível e controle a ansiedade – nervosismo não ajuda em nada!
- Execute as tarefas da melhor maneira possível e preste muita atenção ao que está sendo pedido e perguntado.
- Controle a agressividade, mesmo num momento de discussão procure não se exaltar.
- Mantenha-se atualizado, o case pode ser realizado com base em notícias e fatos que estão acontecendo no momento.
- Evite meias velhas e furadas – nunca se sabe se você vai ter que tirar os sapatos ou não!


Muito interessante esta matéria!
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